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sábado, 23 de agosto de 2014

Franquia Ace Attorney


Ace Attorney, conhecido no Japão como Gyakuten Saiban (逆転裁判 que, literalmente, significa Reviravolta no Julgamento), é uma série de jogos de aventura/visual novel criada por Shu Takumi e publicada pela Capcom. Caso você não saiba, um visual novel é um game cuja a maior parte se constitui em imagens, textos e músicas e seu  objetivo é mergulhar e progredir na história que se é contada. Normalmente, se tratam de games onde há diversas escolhas e a história pode ou não ser linear.

Eis um exemplo de um visual novel. Boa parte desses jogos são de romance, mas há outros de aventura, investigação ou terror, como o clássico Corpse Party.
É um estilo de game bem comum no Japão e recentemente veio ganhar uma certa força em outros países. É normal também que esse tipo de jogo tenha demorado a tomar uma forma por aqui, já que nós, ocidentais, estamos acostumados a games onde realmente existe uma interação maior. Jogos em que pulamos, atacamos... Com mais ação, digamos assim. A maioria de nós ao ver um visual novel poderia dizer algo como “Se for pra só pra eu ler um texto, prefiro pegar um livro ou coisa do gênero”, mas não esqueça que há inúmeras pessoas e inúmeros gostos e esses devem ser respeitados. Se você não curte, tudo bem. Cada jogador vê algo em um game que o chama a atenção e isso pode fazê-lo gostar ou não da experiência com ele. O que importa é a diversão, mas vamos voltar a nos focarmos na franquia, sim?


Shu Takumi, diretor, roterista e, enfim, o cérebro por trás da série. Antes de criar Ace Attorney, ele já esteve envolvido na produção de Resident Evil 2 e Dino Crisis 1 e 2. Nada de mais, né? :P

Aqui, você assume o papel de Phoenix Wright, um advogado que acaba de se formar em Direito e seu objetivo é, diferente de muitos advogados da vida real, defender os mais fracos e buscar o que realmente significa justiça. É algo bem idealista, mas ele tem seus motivos.
Basicamente, funciona assim: Quase todos os casos, senão todos, envolvem um assassinato. Como o jogo se passa no Japão, a pena por tal delito é a pena de morte (aliás, o Japão e os EUA são os únicos países democráticos a continuar aplicando a pena de morte). Você, na pele de Phoenix, deverá defender o seu cliente a todo custo e provar sua inocência.


E com vocês, Phoenix Wright. Não se engane. Ele é foda.


Em outro universo, porém, ele é mais conhecido como Swellow.

Naturalmente, como se trata de um tribunal, temos um juiz, o juri –ou corte (côrte), o réu, as testemunhas, o promotor (que, pra quem não sabe, é a parte da acusação) e o advogado de defesa. SEMPRE, no universo de Ace Attorney, uma das testemunhas será o verdadeiro autor do crime. A única “munição” que você tem são as evidências, que são coletadas por investigação e aparecem no seu “Court Record”. Use-as no momento certo no tribunal, do contrário, depois de algumas advertências, já era. Game Over.

Ao todo, são 5 jogos da franquia principal e 3 spin offs. Os três primeiros jogos da série foram originalmente lançados somente no Japão entre 2001 e 2004 para Game Boy Advance, sendo mais tarde adaptados para o Nintendo DS e traduzidos para o inglês, entre outras línguas (e uma tradução para português seria um pouquinho complicada mesmo, mas não que seja inútil tentar. Seria “daora”). A série foi desenvolvida com o foco total no DS somente a partir do quarto jogo, já que alguns jogos foram lançados também para Wii. Os jogos para DS usam várias funcionalidades do portátil, como o microfone e a tela tátil, o que é uma mecânica diferenciada e consideravelmente bem explorada no decorrer do game.



Talvez você se pergunte nesse momento “Mas o que há nesse jogo de tão especial?” e eu te respondo, depende de quem joga. Há quem o ame por sua história bem elaborada, outros pela atmosfera investigativa que ele traz, pela sua trilha sonora e por aí vai. A franquia se tornou algo único entre os visual novels e conseguiu se tornar uma referencia forte na cultura gamer, com direito a participações em outros jogos (cito o Ultimate Marvel vs. Capcom 3) e animes, diversos cosplays dos seus personagens, os bordões “Objection!”, “Hold it!” e “Take that!”, series comicas no Youtube. Spin-offs, dentre outros.
O tal "Objection!" se tornou algo pra gritar quando se quer colocar seu inimigo em xeque e utilizar irrefutável evidência. Há uma referência marcante, senão a mais marcante, no 3º episódio do anime No Game no Life (clique aqui, mas está em inglês). Aliás, esse é um anime muito bom. Ele está disponível facilmente no Anitube.
Exemplos de produtos relacionados à série. Jogos, mangás, uma revista com um pouco da arte do game e CDs da soundtrack do jogo, incluindo a versão orquestrada.




Apesar de não parecer pelo meu relato, é outro game que eu sou muito fã e considero uma pena que tenha demorado tanto para eu conhecê-lo. No caso, eu o vi pela primeira vez no ano passado, nas mãos de um conhecido meu que jogava DS. Ele já estava jogando o Dual Destinies, o último, até o momento, da série principal. Quando cheguei em casa, acompanhei alguns gameplays pelo Youtube e simplesmente me apaixonei. Os personagens carismáticos e o enredo envolvente me fizeram ficar grudado no notebook por tanto tempo que, quando eu fui perceber, já eram 21:00 da noite e eu ainda estava grudado lá.

Eu sei que eu poderia ter falado mais e com mais detalhes, mas eu prefiro que você tenha a experiência por si só. De qualquer maneira, minha homenagem a esse game não para por aqui. Vocês verão em breve.

Cara... Por mim essa franquia ultrapassaria gerações (*Emocionado*).

Até lá, se você entende razoavelmente bem o inglês (pra melhor entender a história, infelizmente, isso é mais que necessário :-/ ) e/ou procura algo novo, eu recomendo.

Se cuidem, senhoras e senhores. o/
Vein

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